Anacardiaceae

Schinus ferox Hassl.

LC

EOO:

201.781,526 Km2

AOO:

160,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil (Silva-Luz et al., 2020). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Paraná — nos municípios Guarapuava, Piên e São José dos Pinhais —, no estado do Rio Grande do Sul — nos municípios Áurea, Bom Jesus, Cambará do Sul, Canela, Caxias do Sul, Encruzilhada do Sul, Esmeralda, Farroupilha, Giruá, Maximiliano de Almeida, Nonoai, Nova Prata, Pinhal, Santa Rosa, São Francisco de Paula, São Jorge, São Marcos e São Sepé —, e no estado de Santa Catarina — nos municípios Campos Novos, Capão Alto, Celso Ramos, Itaiópolis, Mafra, São Joaquim e Urubici.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2021
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Mário Gomes
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore a arbustos com até 3 m de altura, não endêmica do Brasil (Silva-Luz et al., 2020). No Brasil, apresenta distribuição em diversos municípios dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Mista (Silva-Luz et al., 2020). Apresenta EOO= 184396km² e mais de 10 situações de ameaças. A espécie poderia ser considerada Em Perigo de extinção pelo critério B2, entretanto EOO e o número de situações de ameaças superam muito o limiar para categoria de ameaça. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 12, 373, 1913.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Mista
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore a arbustos com até 3 m de altura. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Mista (Silva-Luz et al., 2020).
Referências:
  1. Silva-Luz, C.L., Pirani, J.R., Pell, S.K., Mitchell, J.D., 2020. Anacardiaceae. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB115545 (acesso em 03 de março de 2021)

Ameaças (7):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present,future national medium
De acordo com o MapBiomas, os municípios Caxias do Sul (RS) e São José dos Pinhais (PR) possuem, respectivamente, 5,52% (9125ha) e 8,55% (8096ha) de seus territórios convertidos em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021).
Referências:
  1. MapBiomas, 2021. Projeto MapBiomas - Coleção 5 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. Municípios: Caxias do Sul (RS) e São José dos Pinhais (PR). URL https://mapbiomas-br-site.s3.amazonaws.com/Estat%C3%ADsticas/Dados_Cobertura_MapBiomas_5.0_UF-MUN_SITE_v2.xlsx (acesso em 03 de março de 2021).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.3 Agro-industry farming habitat past,present,future national very high
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Ecosystem Profile Atlantic Forest Biodiversity Hotspot Brazil. CEPF Conserv. Int. URL http://www.cepf.net/Documents/final.atlanticforest.ep.pdf (acesso em 31 de agosto de 2018).
  2. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J., Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biol. Conserv. 142, 1141–1153. https://doi.org/10.1016/j.biocon.2009.02.021
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national high
De acordo com o MapBiomas, os municípios Áurea (RS), Esmeralda (RS), Itaiópolis (SC), Maximiliano de Almeida (RS), Nonoai (RS) e Pinhal (RS) possuem, respectivamente, 20,78% (3258ha), 9,62% (7984ha), 5,44% (7055ha), 15,78% (3290ha), 8,55% (4008ha) e 17,71% (1209ha) de seus territórios convertidos em áreas de culturas agrícolas (exceto soja e cana-de-açúcar), segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021a). De acordo com o MapBiomas, os municípios Bom Jesus (RS) e Pinhal (RS) possuem, respectivamente, 7,06% (18513ha) e 17,71% (1208ha) de seus territórios convertidos em áreas de culturas de soja, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021b).
Referências:
  1. MapBiomas, 2021a. Projeto MapBiomas - Coleção 5 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. Municípios: Áurea (RS), Esmeralda (RS), Itaiópolis (SC), Maximiliano de Almeida (RS), Nonoai (RS) e Pinhal (RS). URL https://mapbiomas-br-site.s3.amazonaws.com/Estat%C3%ADsticas/Dados_Cobertura_MapBiomas_5.0_UF-MUN_SITE_v2.xlsx (acesso em 03 de março de 2021).
  2. MapBiomas, 2021b. Projeto MapBiomas - Coleção 5 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. Municípios: Bom Jesus (RS) e Pinhal (RS). URL https://mapbiomas-br-site.s3.amazonaws.com/Estat%C3%ADsticas/Dados_Cobertura_MapBiomas_5.0_UF-MUN_SITE_v2.xlsx (acesso em 03 de março de 2021).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2.2.2 Agro-industry plantations habitat past,present,future regional high
Entre os fatores degradantes no entorno dos fragmentos florestais de Urubici (SC) e São Joaquim (SC) o plantio de espécies florestais exóticas estavam presentes em 60% deles (Vibrans et al., 2011).
Referências:
  1. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V., 2013. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol III: Floresta Ombrófila Mista. Edifurb, Blumenau.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2.2.3 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national medium
De acordo com o MapBiomas, os municípios Bom Jesus (RS), Cambará do Sul (RS), Campos Novos (SC), Canela (RS), Capão Alto (SC), Celso Ramos (SC), Encruzilhada do Sul (RS), Guarapuava (PR), Itaiópolis (SC), Mafra (SC), Piên (PR) e São Francisco de Paula (RS) possuem, respectivamente, 7,22% (18930ha), 20,68% (24982ha), 9,5% (16313ha), 21,14% (5364ha), 18,06% (24058ha), 12,05% (2511ha), 17,94% (60057ha), 11,45% (36278ha), 13,72% (17800ha), 17,45% (24498ha), 10,75% (2740ha) e 13,61% (44436ha) de seus territórios convertidos em áreas de silvicultura, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021).
Referências:
  1. MapBiomas, 2021. Projeto MapBiomas - Coleção 5 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. Municípios: Bom Jesus (RS), Cambará do Sul (RS), Campos Novos (SC), Canela (RS), Capão Alto (SC), Celso Ramos (SC), Encruzilhada do Sul (RS), Guarapuava (PR), Itaiópolis (SC), Mafra (SC), Piên (PR) e São Francisco de Paula (RS). URL https://mapbiomas-br-site.s3.amazonaws.com/Estat%C3%ADsticas/Dados_Cobertura_MapBiomas_5.0_UF-MUN_SITE_v2.xlsx (acesso em 03 de março de 2021).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national very high
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Bom Jesus (RS), Cambará do Sul (RS), Campos Novos (SC), Capão Alto (SC), Caxias do Sul (RS), Celso Ramos (SC), Encruzilhada do Sul (RS), Esmeralda (RS), Farroupilha (RS), Guarapuava (PR), Maximiliano de Almeida (RS), Nova Prata (RS), Pinhal (RS), São Francisco de Paula (RS), São Joaquim (SC), São José dos Pinhais (PR), São Marcos (RS), São Sepé (RS) e Urubici (SC) possuem, respectivamente, 44,33% (116273ha), 40,49% (48908ha), 9,1% (15623ha), 36,37% (48450ha), 21,64% (35761ha), 15,02% (3131ha), 27,37% (91657ha), 25,79% (21399ha), 5,62% (2032ha), 5,66% (17922ha), 8,49% (1769ha), 5,83% (1516ha), 8,36% (570ha), 45,33% (148011ha), 50,64% (95641ha), 7,35% (6954ha), 18,1% (4640ha), 29,1% (64168ha) e 24,23% (24750ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2019 (Lapig, 2021).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2021. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2019. Municípios: Bom Jesus (RS), Cambará do Sul (RS), Campos Novos (SC), Capão Alto (SC), Caxias do Sul (RS), Celso Ramos (SC), Encruzilhada do Sul (RS), Esmeralda (RS), Farroupilha (RS), Guarapuava (PR), Maximiliano de Almeida (RS), Nova Prata (RS), Pinhal (RS), São Francisco de Paula (RS), São Joaquim (SC), São José dos Pinhais (PR), São Marcos (RS), São Sepé (RS) e Urubici (SC). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 03 de março de 2021).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 4.1 Roads & railroads habitat past,present,future regional high
Estradas madeireiras são fatores de estresse ambiental que afetam os remanescentes das florestas ombrófilas mistas de Santa Catarina (Vibrans et al., 2011).
Referências:
  1. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Uhlmann, A., Schorn, L.A., Sobral, M.G., Gasper, A.L. de, Lingner, D. V., Brogni, E., Klemz, G., Godoy, M.B., Verdi, M., 2011. Structure of mixed ombrophyllous forests with Araucaria angustifolia (Araucariaceae) under external stress in Southern Brazil. Rev. Biol. Trop. 59, 1371–1387. URL https://doi.org/10.15517/rbt.v0i0.3405

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Estadual da Serra da Esperança, Floresta Nacional de São Francisco de Paula e Parque Nacional de Aparados da Serra.
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Planalto Sul - 24 (RS, SC), Território PAT Paraná-São Paulo - 19 (PR), Território PAT Campanha Sul-Serra do Sudeste - 27 (RS).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.